Criança cega. O ditado é mais certo do que se imagina, mesmo com a família por perto. Nas férias, então, é ainda mais difícil ter controle de todas as artimanhas infantis, principalmente quando os pais continuam trabalhando. Em casa, no ‘playground’, na rua, na praça ou em viagens, os cuidados devem ser constantes, independente de idade, classe social, do nível de educação dos pais e da infra-estrutura do espaço. Até porque cada criança se desenvolve de um jeito.E, conforme a faixa etária, os acidentes se tornam mais ou menos recorrentes. Afogamento, sufocamento, queda, choque elétrico, envenenamento, queimadura, atropelamento. A qualquer momento algo parecido pode acontecer. No mês de julho, o número das ocorrências aumenta porque as crianças ficam mais tempo sozinhas, brincando na rua ou mesmo em casa. Mas é possível se cercar de cuidados e, pelo menos, minimizar os riscos de um trauma ou lesão séria.De acordo com a coordenadora nacional da organização não-governamental (ONG) Criança Segura, Alessandra Françoia, o mais importante é as famílias tomarem uma atitude de prevenção. Prova disso é que os acidentes (lesões não-intencionais) são a principal causa de morte de crianças de um a 14 anos no Brasil, onde uma média de 6.000 crianças até 14 anos morrem e 140 mil são hospitalizadas todo ano, segundo o Ministério da Saúde.