sexta-feira, 9 de abril de 2010

OUSADIA DO POETA


Olhando o nascente sem barra na linha,

Pedimos por chuva no nosso sertão.

Água boa do céu pra molhar nosso chão

E a fertilidade pra nossa terrinha,

Que sente saudade da água que tinha

No poço, no açude, no riacho e no ar.

Do jeito que vai, onde vamos parar?!

Pelo visto o poeta se precipitou.

Pois o mar em sertão não se transformou.

Quem dirá o sertão transformar-se no mar!


Ricardo Aragão
Ipu(CE), Abril/2010


Fotografia
(Faz.Boris - Ipu/CE):
Ricardo Aragão

 
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