O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, anunciaram nesta quarta-feira, no Palácio Itamaraty, a inclusão bancária dos beneficiários do programa Bolsa Família. A ideia é que eles abram contas simplificadas na CEF (Caixa Econômica Federal).
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, 1,95 milhão de beneficiários já têm conta bancária, e o objetivo é ampliar este número para 4 milhões ainda em 2009.
A menos de um ano das eleições de 2010, o governo resolveu ampliar pela terceira vez neste ano a rede de beneficiários do Bolsa Família, principal programa social do governo Lula. Cerca de 500 mil domicílios foram incluídos no programa, que atinge 12,4 milhões de lares e movimenta R$ 1 bilhão por mês.
O governo nega o interesse eleitoral na expansão e argumenta que segue estimativa feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com base no Mapa de Pobreza para definir o número de assistidos pelo programa.
Ao todo, 1,3 milhão de famílias passaram a fazer parte do programa em 2009 –sendo 500 mil em agosto e outros 300 mil em maio. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, em 2010, a ampliação do programa deve atingir mais 500 mil famílias, chegando a 12,9 milhões de domicílios.
Além da ampliação no número de família assistidas, em setembro, o governo reajustou em 10% o valor do benefício –sendo que o valor médio concedido passou de R$ 86,00 para R$ 95,00. O aumento significa R$ 99,1 milhões a mais em relação ao pagamento de agosto.
Pelas regras do programa, as famílias recebem entre R$ 22 e R$ 200 por mês, de acordo com o número de filhos e com os benefícios a que têm direito.
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