terça-feira, 1 de dezembro de 2009

AMAZONAS SOFRE COM SECA

Depois de o Rio Negro alcançar 29,69 metros no mês de junho - a maior marca desde 1902 - o nível do rio chegou, ontem, aos 16 metros em Manaus. Segundo o superintendente do Serviço Geológico do Brasil no Amazonas, Marco Antônio Oliveira, o rio chegou a um nível de emergência.

"A situação de seca está crítica ao longo da calha do Rio Negro e até fevereiro isso deve continuar. Classificamos essa vazante como média a grande, já que ela se encaixa entre as 30 maiores já registradas", disse.

O fenômeno natural de subida e descida do nível do rio afeta a navegação, compromete a ligação com as sedes municipais e o abastecimento de centenas de comunidades.

De acordo com os registros históricos, a maior seca do Rio Negro ocorreu em 1967, quando o nível chegou a 13,67 metros. O rio é o maior do Estado e a severa seca deste ano prejudica não só a capital do Amazonas, mas também os outros quatro municípios (São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro, Barcelos e Novo Airão).

Marco Antônio explicou que a falta de chuvas, desde a segunda quinzena de julho, deve-se, sobretudo, ao fenômeno El Niño (aquecimento das águas do oceano). Em julho, agosto e setembro choveu metade do esperado. Em outubro, 74% e em novembro, apenas 50% do que deveria.

"Tudo isso nos trouxe para uma severa seca este ano. Em dezembro o ideal seria que chovesse 16 milímetros, mas não deve chegar a isso", avaliou Marco Antônio.

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