sábado, 6 de março de 2010

HISTÓRIAS DE IPU



Servindo-se de recursos da própria natureza, a Ipu está predestinada a um grande surdo de progresso, o aproveitamento da queda d’água do Ipuçaba, instalando uma possante Usina que fornecesse à luz e força motriz à encantadora Cidade de Ipu. Nunca se apagara da mente do menino ipuense Delmiro Gouveia, a lembrança da passagem nativa com a Bica do Ipu, correndo perenemente da Serra Grande, desperdiçando-se suas águas. E o sonho vai se realizar – Força Hidráulica no Ipu. A vida vai mudar e mudou mesmo com o beneficiamento da iluminação elétrica (foto acima). Organizada a Sociedade, constituída por: José Tomé de Sabóia (Fortaleza), Oscar Coelho (Ipu) e Joaquim Sebastião Ferreira (Fortaleza) este último cognominado de “O Homem da Luz”. Joaquim Sebastião casou-se em Ipu com distinta filha do casal Gonçalo Soares de Oliveira e Terezinha Soares de Paiva. Francisca Soares de Paiva, carinhosamente conhecida como Dona Chiquita Soares (foto abaixo). A sociedade ficou assim intitulada: “Coelho Ferreira e Companhia” e iniciou os preparativos. O motor da luz de marca “Bataclan” foi colocado num prédio previamente construído no pé da serra lado sul da cidade. Era Prefeito de Ipu Joaquim de Oliveira Lima, o grande ipuense que não se cansou e envidou todos os esforços para a concretização do evento. Enfim, chegou o dia tão esperado e almejado pelos ipuenses, à luz seria inaugurada. E assim aconteceu no dia 20 de janeiro de 1931, foi realizada a tão sonhada inauguração. A cidade se revestia de júbilo. Muitos visitantes se encontravam na cidade, e precisamente às 18 horas do coreto do Jardim de Iracema, aconteceu o ato inaugural.
Proferiu um discurso chamado de oficial o Sr. Oscar Coelho que no momento em que acionou a chave geral pronunciou “Eis a Luz” e a cidade de repente ficou toda iluminada, todos sorriam, cantavam e aplaudiam. A Banda de Música executou animadas e estivas peças musicais. O sino da Estação Ferroviária tocou e as máquinas apitaram solenemente. As vinte e uma horas foi iniciado o grande Baile, na residência do Sr. Manoel Dias Martins, casarão situado na Rua da Goela. A primeira música entoada pela Banda de Santa Quitéria foi à valsa de Abreu intitulada “Branca”. As festividades duraram três dias. Foi uma das maiores festas realizadas na cidade naquela época. Isto é Cultura Histórica. (Fonte: Livro Histórias, Praças, Prédios e Casarões Antigos de Ipu – Professor Chico Mello- Fotos e Designer: Afrânio Soares).

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