TRAGÉDIA DO RIO DE JANEIRO

Não pára de crescer o número de vítimas fatais no Rio de Janeiro, cidade que foi atingida em cheio por um temporal sem precedentes nos últimos 44 anos. Já são contabilizados 138 mortos, 14 mil desabrigados e o pior é que não há uma perspectiva de parar do chover tão cedo. Segundo os centros de meteorologia, deve continuar chovendo até sábado próximo. Quando se fala de pessoas morando em áreas de risco, tem que se aceitar que essas pessoas não foram morar em locais tão arriscados, simplesmente por teimosia ou por aventura. Não. Elas não tiveram condições de conseguir moradia em locais melhores, porque não tinham dinheiro suficiente para isso. Diante de tanta tragédia e dor, seria bem melhor se não soubéssemos de tudo isso, já que não podemos mover uma palha para ajudar. Será que rezar serve? Serve não! O que serve neste momento é uma ajuda material. Cadê as condições para fazer isso? A única coisa que podemos fazer é somente ter dó e pena daqueles pobres infelizes que viram o mundo desabar sobre si, matando familiares e destruindo aquilo que passaram décadas para conseguir. Em número de vítimas e pelos estragos causados, a tragédia do Rio não deixa nada a dever ao terremoto do Chile.