domingo, 28 de março de 2010

CONDENADOS...


A expectativa terminou nos primeiros minutos deste sábado (27). Após cinco dias de julgamento, o júri condenou Alexandre Nardoni a 31 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão, pela morte da filha dele, a menina Isabella, de 5 anos. A esposa dele, Anna Carolina Jatobá, madrasta da criança, também foi condenada. Ela vai cumprir 26 anos e 8 meses de prisão.

O casal foi condenado por homicídio triplamente qualificado e fraude processual - alteração da cena do crime. Os jurados consideraram que eles foram os responsáveis por asfixiar e, em seguida, jogar Isabella pela janela do sexto andar do edifício London, na zona norte de São Paulo, na noite de 29 de março de 2008 – na próxima segunda-feira o crime completa dois anos.

Antes de proferir a sentença, que acabou de ser lida à 0h40min, o juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri do Fórum de Santana (zona norte de São Paulo), agradeceu a participação do promotor, da defesa do casal, dos jurados e de todas as pessoas presentes no júri. Logo na seqüência, deu início a leitura dos autos. Para o magistrado, houve frieza emocional do casal, que atacou a vítima de forma covarde. O fato de Alexandre ser o pai da menina aumentou a pena dele.

Durante a leitura da sentença de condenação, plateia em silêncio dentro do Fórum. Os réus choraram de forma contida. Alexandre baixou a cabeça, secou os olhos e o nariz e manteve a postura de derrota. Anna Carolina abaixou a cabeça no final da sentença e chorou. A decisão foi aclamada pelo público aglomerado do lado de fora, que chegou a soltar rojões em comemoração à condenação do casal, já preso há quase dois anos, logo após a morte da criança.

Recurso
Ainda cabe recurso da decisão, mas o casal não poderá recorrer em liberdade.

De acordo com a Assessoria de Imprensa do Fórum, logo após o fim do julgamento, o advogado de defesa dos Nardoni, Roberto Podval, entrou com recurso.

Entrevista coletiva
A defesa não se pronunciou depois da sentença, mas o promotor do caso, Francisco Cembranelli, concedeu entrevista coletiva. Na ocasião, ele afirmou que a dificuldade maior do trabalho foi contar o passo-a-passo da morte de Isabella, de forma que o júri pudesse entender, mas que a confiança “era total” e que ele estava preparado para o julgamento.

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