terça-feira, 16 de março de 2010

JOTA LOPES FICA TODO CONTENTE - JANE A VICE-CAMPEÃ


A história é o resultado de pensamentos e práticas humanas no tempo e no espaço. Tudo que é feito pelo homem é cultura. Toda cultura é patrimônio. Assim, o patrimônio cultural pode ser entendido tanto na sua forma física quanto ideológica, é tudo aquilo que compreende as características de um povo. Portanto, o patrimônio histórico-cultural de Ipu são suas músicas, seus prédios históricos, a cachaça, serrana, as histórias populares, os álbuns de família, memórias pessoais, as festas de São Sebastião e São Francisco, e o próprio povo ipuense, pois este constrói a cidade, é o autor de sua história. Todo produto da humanidade deve ser conservado para que gerações posteriores possam conhecer suas raízes. A gente que desvaloriza seu patrimônio, certamente não se reconhecerá depois, quando os anos se passarem e não houver mais velhos para contar histórias, quando não houver fotografias que mostrem os costumes dos antepassados, quando não houver prédios que mostrem o estilo arquitetônico de antigamente. Não haverá histórias para contar aos filhos, e a pesquisa, ávida por encontrar resquícios de um tempo que se foi, tornar-se-á cada vez mais dificultada, podendo a humanidade não saber mais de onde veio. É por esta nobre razão que devemos preservar nossos patrimônios. Cada ato de conservação, seja ele o mais simples, como de não cortar uma planta, não riscar uma carteira de escola, ou de olhar para as nossas riquezas com olhos de contemplação e respeito, é ato de amor a si próprio, de amor à cidade. O povo ipuense tem grande riqueza patrimonial, pois é poeta, romancista, teatrólogo, pintor, compositor, músico, escultor, artesão, e além de tudo, detentor de belíssimos prédios antigos, dignos de nosso amor e auxílio para que continuem contando um pouco do que fomos. À Bica, a lenda da índia Iracema, a Estação Ferroviária e a Igrejinha são os maiores símbolos histórico-culturais de Ipu, em torno deles contram-se memórias saudosistas de um tempo que não volta mais. O tempo não volta, mas a sua história continuaremos a contar, apontando como referência os nossos patrimônios erguidos, a nos mostrar a resistência do passado através das épocas. Parabéns minha amiga “Jane”, espero que DEUS me conceda à honra de vê-la contando sua história numa cadeira na Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes – AILCA. (Afrânio Soares) - (Fonte: AFAI – Maria Janecléia dos Santos- Segunda colocação no Concurso de Redação da AFAI).

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