segunda-feira, 3 de maio de 2010

RACHA ENTRE ALCKMIN E SERRA EM SÃO PAULO


São Paulo. A disputa pela vaga de candidato tucano ao Senado em São Paulo pode trazer de volta o racha entre os grupos ligados a José Serra e Geraldo Alckmin. Na disputa pela Prefeitura de São Paulo no ano retrasado, o grupo ligado ao pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, defendia a candidatura do então vice Gilberto Kassab (DEM), enquanto o ligado a Alckmin queria a candidatura própria com o ex-governador.
Agora, com a disputa interna entre o ex-secretário da Casa Civil de São Paulo, Aloysio Nunes Ferreira, e o deputado José Aníbal, os serristas defendem Aloysio como candidato ao Senado. Já os tucanos ligados a Alckmin, que irá concorrer ao governo paulista, defendem a candidatura de Aníbal.
Hoje, os 105 membros do Diretório Estadual debaterão o assunto. Em votação secreta, duas teses serão tratadas. A primeira prevê a escolha neste momento de Alckmin como candidato ao governo. No Senado, o candidato seria Aloysio, que teria o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) como companheiro de chapa.
A segunda tese defende a escolha do candidato ao Senado na convenção, em junho. Aníbal afirma ter garantido cerca de 50 votos do Diretório Estadual e trabalha para conseguir apoio entre os delegados. Se o pedido de Aníbal for aceito, irá atrasar o lançamento da chapa tucana em São Paulo marcado para o dia 8 de maio.
No partido, a divisão é tratada com discrição pois os dois grupos estão acomodados no governo paulista - que agora está nas mãos de Alberto Goldman. Em janeiro do ano passado, Alckmin foi para a Secretaria de Desenvolvimento do Estado.
Mesmo com a "anistia" pela entrada de Alckmin no governo, o racha evidenciado na eleição municipal voltou em fevereiro de 2009 na disputa pela liderança do PSDB na Câmara, quando Aníbal foi eleito líder. Um grupo de 19 dos 58 deputados tucanos fez um uma carta de repúdio à reeleição de Aníbal, que foi chamada por eles de "golpe".

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