domingo, 19 de julho de 2009

PROFESSOR MELO: HISTÓRIA POR QUEM CONHECE MUITO


Queremos inserir neste contexto de Brigas, Ataques e Arrombamento de Cadeias, por grupos formados de homens destemidos que tentavam garantir a ordem da cidade, e muitas vezes eram mal interpretados pelo poder de policia reinante naquela época.Citamos o Cel. João Martins da Jaçanã, que por várias vezes teve que enfrentar um Policiamento Hostil e Arbitrário que fazia qualquer devassa para maltratar pessoas, espancar, chegando até mesmo torturar.Nas lutas o Cel. João Martins sempre levava a melhor, a Policia sempre era vencida havendo mesmo assassinatos de policiais, uma página negra para história de Ipu tão rica em outros aspectos, mas que aqui deixamos o registro por contar somente a verdade. Os Mourões atacam a Cadeia de Ipu, e fazem uma devassa total, soltando todos os presos. Os Mourões travaram lutas nos municípios de Ipueiras, Nova Russas especialmente na Fazenda “Canabrava” onde existia a maior intriga entre Mourões e Melo que se digladiavam a toda prova Era 13 de janeiro de 1926 invade a cidade 100 homens da Coluna Prestes que estava vindo do Piauí e que por aqui passaram.A primeira coisa que chamou a atenção dos “Revoltosos” foi a Bandeira Vermelha hasteada no cimo da Igrejinha, a cor do Santo Padroeiro, os homens da Coluna Prestes tiveram a impressão que aqui no Ipu estava em guerra. Foram a Estação Ferroviária desligarão os fios do Telégrafo e passaram a monopolizar a cidade.Conseguiram dinheiro do Agente do Banco do Brasil e outras ajudas do Prefeito Municipal. Esta Coluna era comandada pelo Ten. João Alberto Leal Pires, Irmão do Dr. Apolônio de Perga Bandeira Barros, que é sepultado no cemitério de Ipu. Uma BOMBA DINAMITE, deveria ser enterrada no Alto do Cemitério e explodida se necessário fosse e a sua explosão traria conseqüências gravíssimas para Cidade.Não aconteceu, porque ao tomar conhecimento que Dr. Apolônio seu irmão estava ali enterrado, Pedro Alberto que era o comandante maior da Coluna mandou que fosse suspensos todo trabalho de enterramento e conseqüentemente a detonação da Bomba. Pena de Morte no Ipu. No dia 23 de setembro de 1845 na pessoa do escravo Estevão condenado à pena de morte por haver assassinado Manoel Carvalho Guedes Mourão; a segunda foi em 27 de fevereiro de 1855 na pessoa de João Francisco Tavares, condenado igualmente à pena última pelo mesmo crime homicida a Francisco Antunes de França.Um quadro triste e lúgubre se realizava. Sempre antes da execução, o condenado à morte, amortalhado, escoltado pela força pública e acompanhado pela multidão, que assistia semelhante espetáculo, legal e muito natural para época percorria as ruas da cidade pedindo perdão e despedindo-se do mundo e o regressar ao local onde se encontrava armada a “FORCA” fatídica na parte de trás da antiga Matriz, ali, depois de absolvido e encomendado por um sacerdote, subia ao “cadafalso” por uma escada, acompanhado do “carrasco”, que era um criminoso e chegando ao último degrau da escada metia a cabeça no laço de uma corda preparado para este fim, e assim preso pelo pescoço, o seu carrasco sacudia-a ao espaço e ao mesmo tempo seguro a dita corda ficava de pé sobre os ombros da vítima até esta acabar de morrer. Cenas das mais cruéis, ridículas e miseráveis fugindo aos princípios do povo que Ipu representa. Oxalá que jamais vejamos tais cenas, mesmo porque a civilização é bem diferente no meio de hoje, não perdurando jamais o mal reinante nessas épocas que já se foram.

Professor Francisco Melo

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